Palestrante Especialista em Liderança e Gestão
Eu gostaria de ressaltar mais: “Você que é responsável pelos resultados da empresa, deve lembrar-se de que, em todo o processo, há pessoas: gente lidando com gente!” Por Maria Inês Felippe
Por Maria Inês Felippe
A primeira pergunta que me fazem a respeito da motivação de pessoas é: “Qual a maneira de estimular uma equipe desmotivada?”
Primeiro, temos de entender a causa da desmotivação da equipe para poder mos agir de forma eficaz. Segundo, há vários fatores que levam à desmotivação. Terceiro, além de perceber a causa da desmotivação, precisamos entender o comportamento dos funcionários para perceber se é desmotivação ou falta de outras competências. Como exemplo, temos a falta de iniciativa ou de prontidão. Quarto, vemos que o líder de sucesso tem de observar dois lados da moeda: resultado e motivação . Liderar é buscar resultados pela motivação. Assim, o líder completo é aquele que consegue buscar resultados não negligenciando a motivação.
Os manuais explicam que ser um bom líder é aquele que sabe comporta-se adequadamente de acordo com as mais diversas situações, ou seja, aquele que consegue perceber cada uma delas e consegue adaptar o método de liderança às circunstâncias, como também é aquele que deverá ser flexível agindo de acordo com o estilo do liderado e da sua equipe, ou então, ouvirá falar que deverá,ser sincero e transparente , pró-ativo, curioso, audaz, automotivado naturalmente, motivador; assumir riscos; apresentar uma postura positiva diante da vida, ter autoconhecimento, visão de futuro e, acima de tudo, ter um equilíbrio emocional, além de saber “voar de asa-delta”. Jamais deverá utilizar, no seu discurso, a palavra funcionário e sim colaborador, não devera falar eu mas nós e, no final do seu discurso, agradecer o empenho de todos, dizendo que fazem parte de uma grande família.
A lista não termina aí. Você será lembrado constantemente de ser ético, como se precisasse ser lembrado ou estarão duvidando de você.
Já recebeu vários títulos e condecorações, foi chamado de Feitor, Capitão, Maquiavel, Monitor, “Puxa-saco”, “Dedo-duro”, Chefe, Coordenador, Supervisor; numa linguagem mais moderna, Facilitador, agora não mais Chefe e, sim, Líder, Mentor, Coaching e, a partir destes, quais serão os próximos que receberá?
Ufa! Tantas instruções! Quantos títulos! Pelo jeito você tem mesmo de ser um super-homem ou uma “big-mulher”.
O que temos reforçado nos treinamentos e nas palestras é a importância dos diálogos e que a liderança é a busca de resultados, mediante recursos tecnológicos, financeiros, mercadológicos, humanos e ela poderá ser desenvolvida, a partir do momento em que você, líder, tiver basicamente dois focos de atenção:
Cada vez mais a liderança está envolvida em grandes desafios, particularmente consideramos dois desafios: 1-gerar e gerir o equilíbrio entre produtividade e motivação 2- estabelecer a real parceria na busca da melhoria contínua e desenvolvimento. Em ambos encontramos a importância da criatividade e inovação.
A nossa experiência, em diversas empresas, fazem-nos assinalar: “Não se iluda!”; “Não espere da equipe aquilo que você não é!”; “Numa empresa, nada ocorre de baixo para cima. Você - como líder - ou dá o exemplo, ou nada, ou pouco ocorrerá”; “Não exija que o pessoal trabalhe em equipe se você não trabalha“; “Não espere que as pessoas sejam criativas, se você bloqueia ou inibe as novas idéias”. É pelas pequenas atitudes e comportamentos que emitimos, que passamos a nossa visão e nossos valores na realidade. Devemos deixar de representar vários personagens de filmes de ficção. Lidere pela sua conduta própria. A experiência também nos aponta que a maioria das atitudes positivas ou negativas somente são tomadas quando os homens estão em grupo, pois, sozinhos, estes não se manifestam. Desta forma, o sucesso de uma organização é substancialmente influenciado pelo desempenho de diversos grupos que interagem entre si e por toda a hierarquia da empresa, tanto verticalmente quanto horizontalmente.
As soluções dos problemas, lançamentos de novos produtos, ações e decisões são resultados de um conjunto de cadeia produtiva, criativa, que perpassa do presidente ao operário e, em todas as etapas, podemos perceber que existe entre o cérebro para pensar, as mãos para executar. Neste caminho, bem no meio, há o coração, para sentir, tanto dos lideres quanto dos liderados.
As pessoas efetivamente se envolvem, “vestem” a camisa, quando se emocionam pelo que fazem, percebem a possibilidade de criar, inovar, fazer diferente. Há quem diz: “Sem ‘tesão', não há solução”.
Eu gostaria de ressaltar mais: “Você que é responsável pelos resultados da empresa, deve lembrar-se de que, em todo o processo, há pessoas: gente lidando com gente!”
Maria Inês Felippe é consultora, palestrante, e autora do livro “4 C's para Competir com Criatividade e Inovação”.
Sites: http://www.mariainesfelippe.com.br