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Selecionando equipes de alto desempenho

A complexidade dos negócios exige equipes tecnicamente diversificadas e com comportamentos abertos, onde possam discutir os problemas sem medo de desagradar os dirigentes. Por Milton de Oliveira 

Por Milton de Oliveira

É uma tendência vermos líderes escolhendo profissionais que se parecem com eles para compor suas equipes, pois é mais fácil relacionar com pessoas que tenham valores semelhantes aos nossos. Quando pensamos de maneira semelhante, o entendimento torna-se agradável e prazeroso. Normalmente, esse clima de entendimento é bem visto pelas gerências, pois não se têm tensões no processo decisório e raramente acontecem discussões acaloradas. Entretanto, esse bom relacionamento social pode gerar comportamentos estereotipados e bem próximos de uma agradável zona de conforto. Nesses casos corre-se o perigo de haver pouca evolução nas práticas gerenciais, pois o grupo tende a ter pouca criatividade e baixo comportamento inovador.

Peter Drucker afirma que as empresas não devem criar clima de felicidade e bem-estar como objetivo final. O bom ambiente é apenas meio de incentivar o bom desempenho. Segundo o autor, devemos criar ambientes saudáveis, para que possam existir opiniões divergentes. “Deve-se criar um clima de pontos de vista divergentes, mas com ação convergente,” onde possa discutir abertamente questões empresariais independente de agradar o líder. Evidentemente que tal ambiente exige seleção de indivíduos dinâmicos e assertivos, ao invés de semelhantes, pois grupos uniformes e passivos são pouco criativos.

Na atualidade, vivemos em ambientes de negócios altamente competitivos e as empresas devem ser criativas e inovadoras. As que não forem correm o risco de sofrer crises ou desaparecerem. Nessa visão, torna-se importante ter equipes diversificadas.

Como consultor, procuro conscientizar os dirigentes empresariais de que um dos objetivos primordiais dos líderes é integrar suas equipes. Isto significa fazer com que pessoas diferentes, com funções diversas e formações específicas, ajam com objetivos comuns. Exemplifico com o comportamento de uma orquestra sinfônica: são músicos com diferentes instrumentos, partituras diversas, que atuam em tempos próprios. A função do maestro: integrar os diferentes instrumentistas sincronizando e harmonizando suas ações.

A complexidade dos negócios exige equipes tecnicamente diversificadas e com comportamentos abertos, onde possam discutir os problemas sem medo de desagradar os dirigentes. Em qualquer atividade ou empreendimento de alto risco devemos integrar as equipes, bem como comprometê-las com os resultados finais. A palavra chave para essa integração é a negociação entre os membros.

Se o maestro estudar e planejar sozinho, dificilmente conseguirá um desempenho que agrade ao público.

Lembrem-se, senhores líderes empresariais: uma de suas funções básicas como gerente é integrar e harmonizar suas equipes como um maestro integra os músicos de sua orquestra, isso vale, sobretudo em época de crise mundial como a que estamos passando. Comunicações abertas, negociação e diálogo são condições necessárias para esse trabalho em equipe.

Milton de Oliveira é consultor, psicólogo e autor dos livros “Caos, emoção e cultura”, “Energia Emocional”, “De salto alto: lições de poder para jovens e executivos” e “Eu Aprendi tudo ao Contrário ou me Ensinaram Tudo Errado: Emoção - Calor que Transforma o Ser Humano”.

E-mail: diretor@miltondeoliveira.com.br

Site: www.miltondeoliveira.com.br



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